quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vidas Modificadas V

Minha história com o CLJ iniciou desde muito cedo, eu tinha 7 anos quando meu irmão começou a fazer parte do movimento e desde então comecei a ouvir falar muito desse tal de CLJ. Pra falar a verdade, nunca fui muito fã dessa sigla, pois tinha um pré-conceito a respeito do que realmente era o CLJ. O que me chamava muito a atenção era a amizade que meu irmão tinha com o pessoal do CLJ, aquelas pessoas eram portadoras de uma alegria contagiante. Eu tinha duas colegas que faziam CLJ, que futuramente fariam parte da minha comunidade (95°), elas chegavam na aula, iam no quadro e escreviam: Xto te ama! Nossa, eu achava aquilo ridículo e agitava com a cara delas, e elas sempre me faziam o convite para ir conhecer. Até que chegou meu retiro de crisma, organizado pelo CLJ, achei o retiro bom, mas odiava fazer aqueles passinhos idiotas.

No retiro, foi feito um marketing muito forte a respeito da serenata especial que nós crismandos teríamos na quarta-feira posterior ao retiro. Como uma amiga da catequese queria ir, decidi que iria também, porque já havia cansado de tantos convites que recebi do meu irmão, das minhas colegas e da minha dinda de crisma. Muitos jovens que estavam no retiro também foram na serenata, inclusive alguns pais desses jovens, achei legal e fui muito bem acolhida. A serenata foi linda, eu gostei e senti uma curiosidade enorme em saber mais e mais sobre o que se fazia no CLJ. Futriquei muito nas coisas do meu irmão, li mensagens, mensaginhas e até o que não devia, porque eu queria chegar lá sabendo o que iria acontecer, quais seriam as atividades a serem realizadas. Mas o CLJ prega muitas peças na gente, eu que até falava mal, me vi a cada serenata e a cada tarde apaixonada, sim completamente apaixonada por esse movimento, fui aos poucos abrindo meu coração e deixando Deus entrar na minha vida. Depois de algum tempo, os passinhos que eu achava idiotas, tornaram-se essenciais. Sempre fui muito tímida, e nos encontros me via falando em público, partilhando o evangelho em serenatas, dando estudos, comentando em missas, aquilo era surpreendente.

Fazem 7 anos que participo do CLJ e aquela menininha tímida, que muitas vezes foi contra o CLJ é totalmente dependente desse movimento, pois foi nele que encontrei verdadeiramente o amor de Jesus, senti Ele pulsando tão forte em meu coração, chorei em Sua presença, lutei, briguei, abracei a causa. Aprendi a valorizar a minha família, ganhei amigos que com certeza nasceram pela fé, aprendi a trabalhar em grupo e saber respeitar a opinião do outro, aprendi a ser Igreja, aprendi a sorrir (às vezes até gargalhar demais), aprendi a amar e ser feliz, aprendi a ter fé e mais do que isso, cultivar a minha fé, aprendi a renunciar, aprendi a me doar por inteira sem esperar recompensas, descobri que não tem como sentir o gosto de uma bala se eu não tirar o papel, não tem como eu explicar o CLJ e o amor que sinto, é só saboreando o doce dessa bala, é só vivendo para entender e sentir. Uma vez quando eu ainda era pré, meu irmão disse, que se não fosse bom fazer parte ele não teria ficado por tanto tempo no CLJ, e realmente é bom, é muito bom fazer parte desta história!

Acredito que nunca vou conseguir retribuir a Deus e ao CLJ tudo que aprendi e cresci, todas as pessoas que conheci e o amor que senti, me sinto muito privilegiada e agradeço a Deus por ter me escolhido, ter me aceitado como sou, com tantos pecados e defeitos, saber que Ele me ama assim, e está sempre ao meu lado é a minha maior alegria. Não poder estar presente em uma serenata atualmente me dói muito, e percebo que o CLJ deve ser vivido a cada instante, porque é passageiro, nossa caminhada dentro do movimento não é para sempre (ainda bem que poderemos voltar a participar como tios hehe), mas o amor e tudo que vivi e ainda viverei no CLJ para mim é ETERNO!

Vivamos o CLJ intensamente, pois a força jovem vence tudo e o amor de Deus por nós é capaz de transformar nossa vida!

Paz e Bem!

Shalom

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